Rádio Genoveva Ao Vivo
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
EDILSON SAMPAIO ENTREVISTA CLEBER OLIVEIRA TEODÓSIO NO PROGRAMA "BELA CRUZ COMO TE AMO"
RÁDIO COMUNITÁRIA “GENOVEVA FM”
Programa: BELA CRUZ COMO TE AMO .
Apresentação: Edilson Carvalhêdo Sampaio
Data: 25 de janeiro de 2013
Entrevistado: Cleber Fábio Oliveira Teodósio (Twitter: @clefabio)
Apresentação Pessoal: Hoje é convidado do Programa “Bela Cruz como te amo” o jovem Cleber Oliveira, professor de profissão, agente de pastoral - um belacruzense, que esteve em mais de 15 países distribuídos por todos os continentes, exceto Oceania, e nos últimos três anos esteve desenvolvendo uma missão na sede internacional da Juventude Mariana Vicentina – JMV, em Madrid, Espanha.
Motivo da Entrevista: Acreditamos que o trabalho de Voluntariado e Missão Internacional realizado por Cleber Oliveira pode servir de exemplo para os nossos jovens, a fim de que estes nunca desistam de seus sonhos, o fato, também vem nos afirmar que, vontade é querer e sonhar é poder.
Entrevista
Edilson Sampaio: Conte-nos, por favor, como e porque você se ausentou do Brasil e foi instalar-se na Espanha.
Cleber Oliveira: Bom dia, senhor Edilson, bom dia a todos os ouvintes. Em primeiro lugar gostaria de agradecer pelo convite. Começo por sinalar que o único exemplo é Cristo, nós somos apenas pequenas referências. Desde jovem eu sempre estive voltado para a Igreja e para as questões sociais. Em 2007 chegando em Bela Cruz, conheci a JMV, uma vez entrando grupo, fui assumindo funções e crescendo paulatinamente, atuei como secretário, e logo como presidente local, regional, provincial (compreendendo Ceará, Piauí e Maranhão), vice presidente nacional e membro pelo Brasil do então Conselho Latino Americano da JMV...
ES: O que é a JMV?
CO: A Juventude Mariana Vicentina – JMV, um grupo de jovens que tem sua origem na Capela da Casa Mãe das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris - França, quando em 1830, Nossa Senhora aparece a então noviça Catarina Labouré e pede que se cunhasse uma Medalha - que pelos seus frutos o povo a chamou Milagrosa, nessa aparição Maria também pediu que fosse formada uma Associação de Jovens assim nasceu a JMV que hoje está presente em mais de 60 países. No Brasil estamos desde 1865.
...como dizia: Em 2008, participei em República Dominicana do Encontro Missionário Latino Americano - Uma semana de formação e duas de missão em um bairro pobre de Santo Domingo. Em 2009 fui enviado a Madrid – Espanha, como voluntário e missionário internacional.
ES: Pelo seu Currículo ver-se que você também estudou no exterior. Fale-nos um pouco de sua participação em tais universidades!
CO: Em Espanha fazia o trabalho do voluntariado pelas manhãs. Minha função era animar a Associação nos Países Lusófonos, a traduzir de documentos de Espanhol para Português e vice versa, webmaster do Secretariado e missões de fim de semana. Pelas tardes estudava, onde fiz o primeiro ano de Teologia na Faculdade Teológica de Sandamaso – uma universidade muito tradicional onde se forma a maioria do clero espanhol, fazia um curso de Formação Continuada pela Universidade Pontifícia de Salamanca – Um curso excelente, onde aprendi bastante e estudei Língua Castelhana pela Escola Oficial de Idiomas da Comunidade de Madrid – onde obtive grau superior, com conhecimento inclusive para ministrar Espanhol em qualquer país da união europeia.
ES: Sabemos que sua missão não se prendeu apenas à Espanha, você esteve também em Lisboa?
CO: Sim. Lisboa em 2010 quando realizamos o I Encontro Africano de Conselhos Nacionais da JMV, e logo, a III Assembleia Geral da Associação. Ademais, visitamos a Cova da Iria, Mafra e claro, Fátima, um santuário espetacular, visita que recomendo a todos, independente de seu credo.
ES: Como você conseguiu ser escolhido para fazer essa missão? Quem financiou? Como se deu o processo?
CO: O processo foi lento e a partir da convocação foram quase dois anos de muito trabalho, tempo em que apliquei um projeto onde meus familiares e amigos me ajudaram. Com a experiência ganhei vários amigos de diversos países do mundo (Espanha, Portugal, Inglaterra, Moçambique, Itália, República Tcheca, Eslováquia, França, etc.), que tive a oportunidade de visitar e de outros lugares, que por trabalhar numa estância internacional, consegui. Mas posso dizer que 90% dos gastos foram custeados pela Igreja – a JMV, Irmãs e Padres Vicentinos.
ES: Como brasileiro, como você foi tratado no exterior?
CO: Geralmente temos receio ao desconhecido – quando fui à Espanha existia um conflito alfandegário entre o país e o Brasil. Antes de ir consultei com um brasileiro que vive ali, que me disse sentir xenofobia apenas dos mais ignorantes. Comigo, logo de início, aconteceu um incidente, desembarquei em Madrid, - que tem um dos maiores aeroportos do mundo, estava com vontade de ir no banheiro, não falava o idioma e tinha medo de ser deportado, quando a polícia me viu, chamo-me a revista, e vendo que era apenas um estudante deixou que passasse tranquilo.
Porém pude perceber que normalmente o brasileiro é muito querido em todos os países. Eles amam o Brasil, por suas praias, samba, futebol e claro por sua alegria. Agora é certo que a Europa leste é mais fechada.
ES: Como missionário, o que trouxe para Bela Cruz? Como está transmitindo isso hoje?
CO: Sobre esse assunto, lembro que fiz um curso de missão de dois anos para ser enviado à África, onde estive por sete semanas em Nacala – Moçambique. De fato na África tem muita pobreza e muita riqueza natural que poderia ser explorada e trazer desenvolvimento para o continente. Ali tive uma experiência humanizadora, além de trabalhar numa rádio local – que ajudei com músicas e vinhetas, inclusive enviadas desta rádio pelo locutor Clébio Morais, partilhar o evangelho com as comunidades e jovens, acompanhar pedagogicamente os professores das escolas vicentinas, etc., ministrei aulas para crianças de três a seis anos de uma tribo Macua, que falavam um dialeto tribal, - lecionei introdução à Língua Portuguesa, com o Método das 28 Palavras de Yolanda Betim, as crianças tinham como classe um cajueiro; carteiras, uma esteira de palha; caderno, a areia; lápis, os seus dedinhos...
O que trago é a certeza de que “Ser Missionário” é muito interessante, totalmente possível, basta querer! Somos responsáveis de levar Cristo e a Boa Notícia ao próximo. Mais do que nunca confirmei que podemos ser pessoas boas – ainda que o próprio Jesus dissesse que bom só Deus, mas se sabe que devemos nos esforçar para imitá-lo.
Depois que cheguei já ministrei palestras no Rio de Janeiro, duas em Fortaleza – Inclusive com o tema da Jornada Mundial da Juventude – JMJ, realizei mais duas aqui em Bela Cruz em São José e em Varjota. Mais detalhes sobre o meu trabalho estão no blog: www.clefabio.blogspot.com
ES: Nós o parabenizamos pelo seu trabalho voluntário e sua ação com as Juventudes e com a Comunidade Belacruzense. Desejamos publicar essa entrevista no espaço digital da rádio e saiba que nossos microfones estão sempre abertos para você. Deixe-nos suas considerações finais.
CO: Sinto-me em casa aqui nessa rádio, onde desde 2004, exceto o tempo que passei no exterior, sou voluntário no programa Paróquia em Comunicação. Como o senhor, me sinto adotado por Bela Cruz, que me recebeu muito bem em 1997. Agradeço aos ouvintes - nacionais e estrangeiros – que estão nos ouvido via internet. E no mais, pedir que o Deus de bondade nos abençoe, que todos se sintam amados por Deus, que nos quer com vida, e vida plena. Muito obrigado!
Para saber mais:
1.Ide por todo o mundo... http://clefabio.blogspot.com.br/2012/10/ide-por-todo-o-mundo.html
2.Missão em Moçambique: http://clefabio.blogspot.com.br/2012/10/carta-sobre-missao-em-mocambique.html
3.Entrevista a Revista da JMV Espanha http://www.jmve.org/index.php/component/content/article?id=222
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