Rádio Genoveva Ao Vivo


sábado, 23 de fevereiro de 2013

NIVER DE BELA CRUZ (56 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA 2013)

Em 23 de fevereiro de 2013 é comemorado os 56 anos de emancipação política de Bela Cruz, desde quando foi desmembrada do município de Acaraú. Será que devemos comemorar? Sim devemos. Porque a Bela Cruz cresceu na sua população, mais de 30.000 habitantes, 21.984 eleitores, um hospital, que de acordo com as verbas recebidas, vem fazendo o que pode em atendimento a saúde da população. Muitas Escolas municipais e Estaduais: Escola Profissionalizante “Júlio França e Escola de Ensino Médio em São Gonçalo “Theolina”, foram construídas, quadras esportivas e centros comunitários, várias creches, centro social, vários postos de saúde, calçamentos, praças em todo o município, Eletrificação Rural, Delegacia das Polícias Civil e Militar, tendo na direção a Dra. Adriana etc etc etc. O comércio mudou bastante pois, a quantidade de lojas e de empreendimentos aumentou consideravelmente. Cadeias de lojas espalhadas em outros municípios já instalaram filiais aqui. Na construção civil também não foi diferente, nunca se construiu tanto em nosso município como nos últimos anos. As edificações verticais já são bem visíveis, principalmente no Centro, onde possivelmente existem mais prédios. A quantidade de veículos transitando em Bela Cruz é grande. Onde antes só existiam bicicletas e pouquíssimos carros, os quais contavam-se nos dedos, hoje há um elevado número de carros, caminhoes e, principalmente, motos. O poder aquisitivo da sociedade aumentou. Antigamente, vivia-se muito da agricultura e criação de animais. Hoje há diversas profissões sendo exercidas em nosso município, o que, consequentemente, traz benefícios e desenvolvimento. Devido as mudanças tecnológicas pelas quais o mundo vem passando, o modo de pensar da sociedade, principalmente a mais jovem, mudou bastante. As pessoas tem diversos recursos para se comunicar, estudar, se divertir e pensar. Não é difícil encontrar em Bela Cruz cybers onde as pessoas utilizam a internet para seus interesses pessoais e coletivos. A TV e o rádio é o meio de maior divertimento hoje. O Poder Judiciário onde antes era exercido nos cartórios da cidade, criou sede própria e hoje trabalha com tecnologia virtual e computadorizada para melhor atender a população. Enfim, as mudanças ocorridas nestes 56 anos são frutos do dia-a-dia da população belacruzense que se desenvolve cada vez mais e torna nosso município cada vez melhor, cada vez mais progressivo. Fonte: Nicodemos Araujo e FREITAS, Vicente. BELA CRUZ - biografia do município. Fortaleza: Edição do Autor, 2010, pp. 40-41 Foto: edilsoncarvalhedo@hotmail.com Colaboração: Edilson Carvalhedo Sampaio, fundador e representante legal da Rádio Comunitária ZYC – 473, “Genoveva FM” HISTÓRICO Chamou-se primitivamente Alto da Genoveva, nome que provém de uma mulata então residente no sítio de origem. Em 1798, quando por esse sítio missionava Frei Vidal da Penha (final do Século XVIII), mudou-se a denominação para Santa Cruz do Acaraú, em alusão ao cruzeiro de praxe, sempre erguido nos lugares por onde peregrinava esse andante missionário. Em 1.730, conforme a tradição, em princípios desse ano, uma senhora de nome GENOVEVA, mandou construir sua morada sobre a colina localizada nas proximidades da Lagoa de Santa Cruz. Mencionada colina ficou sendo chamada de ALTO DA GENOVEVA. Logo em seguida outros moradores passaram a residir no local. Ali construíram uma capela que também ficou conhecida como CAPELA DA GENOVEVA, dedicada � NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, atual Padroeira de Bela Cruz. Em 1.732, os moradores da comunidade fazem aquisição de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, medindo dez centímetros, para expor � veneração dos fiéis na capela do ALTO DA GENOVEVA. Em 1.862, por força da lei nº 1.012, que criou o Município de Santana do Acaraú, a povoação de Santa Cruz passa a pertencer ao novo município. Em 22 de dezembro de 1.863, através da Lei nº 611 da Assembléia Provincial, o município de Acaraú conseguiu reavê-la. Gerado o reduto, tendo como referência a cruz deixada pelo frade, houve certa prosperidade, de sorte que sua elevação � categoria de POVOADO, pela Lei n.1.893 de 07 de março de 1.888. Em 09 de setembro de 1.917, o Presidente do Ceará, Dr. JOÃO TOMÉ DE SABÓIA E SILVA, sanciona a lei nº 21, criando o Distrito de Santa Cruz. Em 1.937, o então Prefeito de Acaraú, MANOEL DUCA DA SILVEIRA, assina a lei nº 10, criando a Sub Prefeitura no Distrito de Bela Cruz. Em 23 de fevereiro de 1.957 ocorre a EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE BELA CRUZ De acordo com a Lei nº 3.538, de 23/02/1957, o então Governador Paulo Sarasate Ferreira Lopes, assina a mesma, erigindo o Distrito de Santa Cruz a Município. O histórico acontecimento ocorreu em ambiente de autêntica festa popular da qual participou toda a comunidade. Essa Festa aconteceu em frente a casa do comerciante e líder político Mário Louzada, de baixo de uma mangueira. Foi inesquecível. Antes deste inesquecível e memorável acontecimento, aconteceram vários episódios travados entre as lideranças do povo Santacruzense hoje Bela Cruz, a seguir relatados: Em primeiro de setembro de 1.953 o líder político José Ludgero da Silveira, faz a entrega à Assembléia Legislativa do Ceará de um requerimento assinado por 130 eleitores do Distrito de Bela Cruz, pleiteando a elevação do mesmo à categoria de Município, na Divisão Territorial do Brasil, marcada para o mesmo ano. Em 19 de setembro do mesmo ano, a Câmara de Acaraú recebe, da Assembléia Legislativa, o projeto de criação do município de Bela Cruz para a devida apreciação. O projeto localiza a nova unidade cearense em uma área de 750 km2. Em 22 de setembro 1.953, a Câmara de Vereadores de Acaraú, em sessão extraordinária, nega a aprovação ao projeto de criação do Município de Bela Cruz. Em janeiro de 1.956, os próceres políticos do então Distrito de Bela Cruz, orientados pelo então Deputado Manoel Gomes Sales, encetam nova campanha pela sua emancipação. Em 15 de junho 1.956, o líder político Manoel Damião da Silveira, Administrador da Mesa de Rendas Federais de Acaraú, escreve, no jornal O ACARAÚ, um artigo solidarizando-se com os promotores da campanha pró-municípío de Bela Cruz, sua terra natal. Em 19 de setembro 1.956, a Câmara de Vereadores de Acaraú, por unanimidade de seus Vereadores, APROVA o NOVO PROJETO, de criação do município de Bela Cruz, agora com 780 Km2 de superfície. Em 20 de setembro 1.956, a Assembléia Legislativa do Ceará recebe o PROCESSO de criação do Município de Bela Cruz, enviado pela Câmara Municipal de Acaraú. Em 14 de novembro 1.956, a Assembléia Legislativa do Estado do Ceará APROVA a realização da CONSULTA PLEBISCITÁRIA, sobre a emancipação do Distrito de Bela Cruz. ( Atualmente, plebiscito é a convocação dos cidadãos que, através do voto, podem aprovar ou rejeitar uma questão importante para o país. Ou seja, o plebiscito é um mecanismo democrático de consulta popular, antes da lei ser promulgada (passar a valer). Em 16 de novembro 1.956, é nomeada pela Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, a JUNTA PLEBISCITÁRIA encarregada de promover a consulta popular objetivando a criação do município de Bela Cruz. Referida Junta ficou assim constituída: PADRE ODÉCIO LOIOLA SAMPAIO, FRANCISCO DAS CHAGAS SILVEIRA e MANOEL NICODEMOS ARAUJO, sendo instalada em 17 do mesmo mês e ano. Em 30 de dezembro de 1.956, realiza-se o PLEBISCITO no Distrito de Bela Cruz, para a criação do Município do mesmo nome. A votação foi efetuada em 05 sessões, sendo 03 na sede distrital, uma na povoação de Prata e uma na povoação de São Gonçalo. Em 31 de dezembro de 1.956, é conhecido o resultado da consulta popular realizada para a criação do Município de Bela Cruz. Dos 1.060 eleitores que compareceram às urnas, 1.053 responderam SIM, 01 respondeu NÃO e 06, votaram em BRANCO. Em 29 janeiro de 1.957, a Assembléia Legislativa do Ceará APROVA o resultado do Plebiscito realizado no Distrito de Bela Cruz, a 30 de dezembro de 1.956, para a criação daquele distrito a Município. O diploma legal instituindo a nova unidade cearense, teve como relator o Deputado Estadual, Manoel Gomes Sales. Em 03 de outubro de 1.958, realizam-se as primeiras eleições para os cargos de PREFEITO, VICE-PREFEITO E VEREADORES do município de Bela Cruz e foram eleitos: PREFEITO – MÁRIO DOMINGOS LOUZADA e VICE JOSÉ ANSELMO DE ARAUJO. Para a Câmara Municipal de BC, foram eleitos os Vereadores: BENEDITO LOPES DA SILVEIRA – GERALDO FONTELES DE CARVALHO – GERALDO SILVEIRA ROCHA – JOÃO OSMAR FREITAS – JOÃO BATISTA DA ROCHA – MARINO PEREIRA BRANDÃO e RAIMUNDO MAGALHÃES ROCHA. Em 25 de março de 1.959, acontece, em clima de festa autêntica, comunitária e política, a instalação oficial do município de BC, com a posse do Prefeito MÁRIO DOMINGUES LOUZADA e do VICE JOSÉ ANSELMO ARAUJO, perante a Câmara Municipal então instalada, dirigindo o Prefeito MÁRIO DOMINGEUS LOUZADA o Poder Executivo da nova unidade cearense até o dia 19 de dezembro de 1.961, quando faleceu, sendo substituído pelo Vice Prefeito JOSÉ ANSELMO ARAUJO. Em 25 de março de 1.959, instalação da Primeira Câmara Municipal de BC, com a seguinte Mesa Diretora: Presidente – RAIMUNDO MAGALHÃES ROCHA; Secretário – GERALDO FONTELES DE CARVALHO; Vogais – BENEDITO LOPES DA SILVEIRA – GERALDO SILVEIRA ROCHA – JOÃO OSMAR FREITAS – JOÃO BATISTA ROCHA – MARINO PEREIRA BRANDÃO. Na mesma data o Município de Bela Cruz passa a constituir Termo da Comarca de Acaraú. Igreja: As primeiras manifestações de apoio eclesial ocorreram a partir da ereção da capela, nicho dedicado em honra de Nossa Senhora da Conceição. O patrimônio, no qual edificou-se a capela e constante de meia légua de terras na Ribeira do Acaraú, teve como doadores Domingos Aguiar de Oliveira, Nicolau da Costa Peixoto, havendo como reforço quarenta vacas de cria. (12/09/1832). Essa capela, que pelos tempos adiante seria transformada em Igreja-Matriz, recebeu tratamento especial, sendo ampliada e melhorada graças aos trabalhos realizados pelos padres Teotime de M. Vasconcelos (1894) e Joaquim Severiano (1923). Sua transformação em Igreja-Matriz deu-se por ato de D. José Tupinambá da Frota, Bispo de Sobral, conforme registro de 20 de dezembro de 1941, sendo inaugurada a 11 de janeiro de 1942. Padre Odécio Loiola Sampaio, foi o primeiro vigário da recém criada paróquia. Gentílico: belacruzense --------------- Outra Versão -------------- Apesar de a tradição oral dar conta de uma velha mulata (Genoveva) como a primeira habitante da localidade, isso não é exato. Como já vimos diversos latifundiários e criadores de gado, ali adquiriram sesmarias e ali passaram a morar, isso, quase um século antes da existência de Genoveva. Afirmamos mesmo que - como já observara Antônio Bezerra - essa tradição é falsa, como são todas as que se referem às origens do Ceará. O que sabemos sobre Genoveva que, na verdade, não era mulata, nem rezadeira, nem velha, consta de matéria publicada no jornal Vale do Acaraú Notícias: A 1º de novembro, de 1753, realiza-se na Matriz de Caiçara (Sobral) o casamento religioso de Miguel do Prado Leão, filho de Cosme do Prado Leão e Luzia da Assunção Oliveira, com Ana Maria de Vasconcelos, uma das sete irmãs, filha de Manoel Vaz Carrasco e D. Madalena de Sá. Após o casamento passaram a residir na Fazenda Malassombrado, (Bela Cruz). Deste consórcio houve 9 filhos, entre estes, Martinho do Prado Leão, que casou-se, a 22 de julho de 1793, com Genoveva Maria de Jesus, sua prima, filha de Anselmo de Araújo Costa e D. Francisca Xavier. Posteriormente, este casal passou a morar nas proximidades da Capela de Santa Cruz. Eis aí a origem do nome ´Alto da Genoveva` que, estamos certos, nunca deu nome ao povoad o, mas apenas à parte do alto onde Genoveva residia. E, se Genoveva, como consta, passou a morar no local após seu casamento, ocorrido 61 anos depois da construção da Capela de Santa Cruz, impossível ter sido ela a primeira habitante da localidade. Ainda mais que, em 1732, quando os sesmeiros Nicolau da Costa Peixoto e Domingos Aguiar de Oliveira, doaram alguns bens para o patrimônio da Capela, a localidade já tinha o nome de sítio Santa Cruz, conforme podemos observar na Escritura de Doação. E com esta denominação o povoado atravessou anos e séculos, até que através do decreto federal nº 311, de 2 de março de 1938, recebeu o nome de Bela Cruz. Diante do que escrevemos e transcrevemos, parece que não poderá haver mais dúvidas de que a primeira denominação da hoje cidade de Bela Cruz foi SANTA CRUZ e não Alto da Genoveva. Se levarmos em conta a tradição, é forçoso dizer, não há o que aproveitar em benefício da verdade. Resumindo: a hoje cidade de Bela Cruz nasceu há mais de três séculos, precisamente, em 1683. Naquele ano foi concedida a Manoel de Goes e seus companheiros a primeira sesmaria do Vale do Acaraú. Posteriormente outras pessoas ali vieram morar. Em 1732 construíram uma igrejinha. Esse templo consagrado a Nossa Senhora da Conceição. Em 1938, o Decreto Federal nº 311, deu ao topônimo a denominação de ´Bela Cruz`. O patrimônio da capela foi constituído de meia légua de terra e 40 vacas, doadas pelos proprietários Nicolau da Costa Peixoto e Domingos Aguiar de Oliveira, a 12 de setembro de 1732. Já o município foi criado por lei de 23 de fevereiro de 1957, do então Governador do Ceará, Paulo Sarasate Ferreira Lopes, e foi instalado, oficialmente, a 25 de março de 1959. Fonte: FREITAS, Vicente. BELA CRUZ - biografia do município. Fortaleza: Edição do Autor, 2010, pp. 40-41. Foto: edilsoncarvalhedo@hotmail.com

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EDILSON SAMPAIO ENTREVISTA CLEBER OLIVEIRA TEODÓSIO NO PROGRAMA "BELA CRUZ COMO TE AMO"

RÁDIO COMUNITÁRIA “GENOVEVA FM” Programa: BELA CRUZ COMO TE AMO . Apresentação: Edilson Carvalhêdo Sampaio Data: 25 de janeiro de 2013 Entrevistado: Cleber Fábio Oliveira Teodósio (Twitter: @clefabio) Apresentação Pessoal: Hoje é convidado do Programa “Bela Cruz como te amo” o jovem Cleber Oliveira, professor de profissão, agente de pastoral - um belacruzense, que esteve em mais de 15 países distribuídos por todos os continentes, exceto Oceania, e nos últimos três anos esteve desenvolvendo uma missão na sede internacional da Juventude Mariana Vicentina – JMV, em Madrid, Espanha. Motivo da Entrevista: Acreditamos que o trabalho de Voluntariado e Missão Internacional realizado por Cleber Oliveira pode servir de exemplo para os nossos jovens, a fim de que estes nunca desistam de seus sonhos, o fato, também vem nos afirmar que, vontade é querer e sonhar é poder. Entrevista Edilson Sampaio: Conte-nos, por favor, como e porque você se ausentou do Brasil e foi instalar-se na Espanha. Cleber Oliveira: Bom dia, senhor Edilson, bom dia a todos os ouvintes. Em primeiro lugar gostaria de agradecer pelo convite. Começo por sinalar que o único exemplo é Cristo, nós somos apenas pequenas referências. Desde jovem eu sempre estive voltado para a Igreja e para as questões sociais. Em 2007 chegando em Bela Cruz, conheci a JMV, uma vez entrando grupo, fui assumindo funções e crescendo paulatinamente, atuei como secretário, e logo como presidente local, regional, provincial (compreendendo Ceará, Piauí e Maranhão), vice presidente nacional e membro pelo Brasil do então Conselho Latino Americano da JMV... ES: O que é a JMV? CO: A Juventude Mariana Vicentina – JMV, um grupo de jovens que tem sua origem na Capela da Casa Mãe das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris - França, quando em 1830, Nossa Senhora aparece a então noviça Catarina Labouré e pede que se cunhasse uma Medalha - que pelos seus frutos o povo a chamou Milagrosa, nessa aparição Maria também pediu que fosse formada uma Associação de Jovens assim nasceu a JMV que hoje está presente em mais de 60 países. No Brasil estamos desde 1865. ...como dizia: Em 2008, participei em República Dominicana do Encontro Missionário Latino Americano - Uma semana de formação e duas de missão em um bairro pobre de Santo Domingo. Em 2009 fui enviado a Madrid – Espanha, como voluntário e missionário internacional. ES: Pelo seu Currículo ver-se que você também estudou no exterior. Fale-nos um pouco de sua participação em tais universidades! CO: Em Espanha fazia o trabalho do voluntariado pelas manhãs. Minha função era animar a Associação nos Países Lusófonos, a traduzir de documentos de Espanhol para Português e vice versa, webmaster do Secretariado e missões de fim de semana. Pelas tardes estudava, onde fiz o primeiro ano de Teologia na Faculdade Teológica de Sandamaso – uma universidade muito tradicional onde se forma a maioria do clero espanhol, fazia um curso de Formação Continuada pela Universidade Pontifícia de Salamanca – Um curso excelente, onde aprendi bastante e estudei Língua Castelhana pela Escola Oficial de Idiomas da Comunidade de Madrid – onde obtive grau superior, com conhecimento inclusive para ministrar Espanhol em qualquer país da união europeia. ES: Sabemos que sua missão não se prendeu apenas à Espanha, você esteve também em Lisboa? CO: Sim. Lisboa em 2010 quando realizamos o I Encontro Africano de Conselhos Nacionais da JMV, e logo, a III Assembleia Geral da Associação. Ademais, visitamos a Cova da Iria, Mafra e claro, Fátima, um santuário espetacular, visita que recomendo a todos, independente de seu credo. ES: Como você conseguiu ser escolhido para fazer essa missão? Quem financiou? Como se deu o processo? CO: O processo foi lento e a partir da convocação foram quase dois anos de muito trabalho, tempo em que apliquei um projeto onde meus familiares e amigos me ajudaram. Com a experiência ganhei vários amigos de diversos países do mundo (Espanha, Portugal, Inglaterra, Moçambique, Itália, República Tcheca, Eslováquia, França, etc.), que tive a oportunidade de visitar e de outros lugares, que por trabalhar numa estância internacional, consegui. Mas posso dizer que 90% dos gastos foram custeados pela Igreja – a JMV, Irmãs e Padres Vicentinos. ES: Como brasileiro, como você foi tratado no exterior? CO: Geralmente temos receio ao desconhecido – quando fui à Espanha existia um conflito alfandegário entre o país e o Brasil. Antes de ir consultei com um brasileiro que vive ali, que me disse sentir xenofobia apenas dos mais ignorantes. Comigo, logo de início, aconteceu um incidente, desembarquei em Madrid, - que tem um dos maiores aeroportos do mundo, estava com vontade de ir no banheiro, não falava o idioma e tinha medo de ser deportado, quando a polícia me viu, chamo-me a revista, e vendo que era apenas um estudante deixou que passasse tranquilo. Porém pude perceber que normalmente o brasileiro é muito querido em todos os países. Eles amam o Brasil, por suas praias, samba, futebol e claro por sua alegria. Agora é certo que a Europa leste é mais fechada. ES: Como missionário, o que trouxe para Bela Cruz? Como está transmitindo isso hoje? CO: Sobre esse assunto, lembro que fiz um curso de missão de dois anos para ser enviado à África, onde estive por sete semanas em Nacala – Moçambique. De fato na África tem muita pobreza e muita riqueza natural que poderia ser explorada e trazer desenvolvimento para o continente. Ali tive uma experiência humanizadora, além de trabalhar numa rádio local – que ajudei com músicas e vinhetas, inclusive enviadas desta rádio pelo locutor Clébio Morais, partilhar o evangelho com as comunidades e jovens, acompanhar pedagogicamente os professores das escolas vicentinas, etc., ministrei aulas para crianças de três a seis anos de uma tribo Macua, que falavam um dialeto tribal, - lecionei introdução à Língua Portuguesa, com o Método das 28 Palavras de Yolanda Betim, as crianças tinham como classe um cajueiro; carteiras, uma esteira de palha; caderno, a areia; lápis, os seus dedinhos... O que trago é a certeza de que “Ser Missionário” é muito interessante, totalmente possível, basta querer! Somos responsáveis de levar Cristo e a Boa Notícia ao próximo. Mais do que nunca confirmei que podemos ser pessoas boas – ainda que o próprio Jesus dissesse que bom só Deus, mas se sabe que devemos nos esforçar para imitá-lo. Depois que cheguei já ministrei palestras no Rio de Janeiro, duas em Fortaleza – Inclusive com o tema da Jornada Mundial da Juventude – JMJ, realizei mais duas aqui em Bela Cruz em São José e em Varjota. Mais detalhes sobre o meu trabalho estão no blog: www.clefabio.blogspot.com ES: Nós o parabenizamos pelo seu trabalho voluntário e sua ação com as Juventudes e com a Comunidade Belacruzense. Desejamos publicar essa entrevista no espaço digital da rádio e saiba que nossos microfones estão sempre abertos para você. Deixe-nos suas considerações finais. CO: Sinto-me em casa aqui nessa rádio, onde desde 2004, exceto o tempo que passei no exterior, sou voluntário no programa Paróquia em Comunicação. Como o senhor, me sinto adotado por Bela Cruz, que me recebeu muito bem em 1997. Agradeço aos ouvintes - nacionais e estrangeiros – que estão nos ouvido via internet. E no mais, pedir que o Deus de bondade nos abençoe, que todos se sintam amados por Deus, que nos quer com vida, e vida plena. Muito obrigado! Para saber mais: 1.Ide por todo o mundo... http://clefabio.blogspot.com.br/2012/10/ide-por-todo-o-mundo.html 2.Missão em Moçambique: http://clefabio.blogspot.com.br/2012/10/carta-sobre-missao-em-mocambique.html 3.Entrevista a Revista da JMV Espanha http://www.jmve.org/index.php/component/content/article?id=222